Então e porquê Crónicas da Barriga? Porque era o nome do blog que queria ter escrito durante a gravidez. Ainda vou a tempo? Não, a miúda tinha quase 4 meses quando o blog começou. E então? Então, nada!
18.9.12

Num instante, por mero acaso, captamos numa fotografia tudo aquilo que realmente importa:

 

 

 

 

Por R, às 18:01  comentar

12.9.12
A oito mil ou mais quilómetros de distância de casa, com jet-lag, um copo de Chardonnay chileno quase no fim e o coração apertado com saudades, apeteceu-me voltar a escrever aqui.
Por R, às 02:25  comentar

14.3.12

Vem este post a propósito deste outro.

 

Já disse aqui, acho eu, que me faz um bocado de comichão a obsessão com as férias a dois ("Custou-me muito, mas tem que ser.", "Chorei todos os dias, mas faz muita falta." ) Casal com filhos que ainda não foi de férias a dois é porque não tem vida própria.

 

Durante a semana, eu estou com os meus filhos, na melhor das hipóteses, umas 2,5h por dia (com eles acordados, leia-se). Dessas 2,5h, metade da interacção fica-se pelo "está quieta enquanto eu te seco o cabelo", "não fales de boca cheia" e "é a última vez que vos chamo para a mesa". Digo na melhor das hipóteses, porque frequentemente passo noites fora em trabalho.

 

Há jantares a dois, já houve algumas noites a dois, mas eu podia ser a senhora da mesa ao lado que a SMS retrata. Porque eu também sinto que não me ia divertir numas férias sem os meus filhos. E, felizmente, o J. sente o mesmo (aliás, é até pior).

 

Por isso, para já, e a não ser que numa manobra política suicida, o nosso Primeiro-Ministro decida que 40 dias de férias é que é, as férias são passadas em família. Levando em conta a sentença do colega da SMS, na pior das hipóteses, temos a adolescência toda deles para ir de férias.

 


29.2.12

M. e avó N. no carro da avó:

- Ó avó, onde é que tu te sentas?

- Aqui.

- Mas tu conduzes?

- Sim, claro.

- Mas as mulheres não conduzem.

- Essa agora, claro que conduzem.

- Não, as mulheres não conduzem.

- A tua mãe conduz.

- Não, é o papá que conduz o carro.

- Sim, mas já andaste no carro com a mãe a conduzir.

- Não, porque as mulheres não conduzem.


15.2.12

Na reunião de pais que houve no início deste ano, a educadora da M. explicou, com imenso orgulho, que neste momento já todos os meninos vestiam e despiam os casacos sem ajuda, sem prejuízo de haver sempre um ou outro que tentava a sua sorte com ela ou com qualquer outro adulto que apanhassem à mão de semear. Mas como está tudo alinhado, a resposta era invariavelmente "Tenta outra vez, acho que consegues sozinho.".

 

Isto seria tudo muito bonito, não fosse o caso de por vezes eles apanharem a jeito no bengaleiro uma mãe. Daquelas que acham muito bem esta coisa da autonomia, mas que não têm tempo, nem sobretudo pachorra para estar sete minutos à espera que os filhos vistam o casaco. Daquelas que se compadecem de olhinhos melosos de gato. Daquelas que estão irreversivelmente atrasadas para a primeira de três reuniões dessa manhã. Daquelas tipo eu.

 

Vai daí que ontem, além da M., ajudei a M., a L. e a A. a despir e arrumar não apenas o casaco, mas também os gorros, as luvas e os cachecóis. Hoje, até entrei a medo no bengaleiro, mas felizmente, estava apenas lá a M. (que não a minha), toda equipada e que assim que me viu, fez um sorriso de orelha a orelha  e pensou "Estou safa".


12.2.12

"Em The Better Angels of Our Nature [Os Melhores Anjos da Nossa Natureza, ndt.], Pinker apresenta dados que mostram que a violência humana, embora ainda muito presente hoje em dia, tem vindo a diminuir gradualmente. Além disso, diz ele, "ao longo de toda a história, as mulheres têm sido e continuarão a ser uma força pacificadora. A guerra tradicional é um jogo de homens: as mulheres tribais nunca se uniram para atacar aldeias vizinhas". Como mães, as mulheres têm impulsos evolutivos para manter condições de paz que lhes permitam cuidar da sua prole e assegurar a passagem dos seus genes à geração seguinte."

 

 

 

 

Por R, às 22:10  comentar

6.1.12

Ontem à noite, pus o meu chapéu de fada do lar e sentei-me no sofá com um livro de receitas da Bimby, escolhendo menus e fazendo a respectiva lista de compras.

"Eu quero ajudar. O que é que eu posso fazer, mãe?".
"Podes ver os alimentos que estão na fotografia e dizer-me o que é que temos que comprar.".
Ela ficou a olhar para o chili de vegetais e disse feijão.
"Boa! E mais?".
Ela olhava, mas não lhe saía nada.
"O que são estas coisas amarelas pequeninas [milho]?".
Silêncio.
"Mi...?"
 "...cóbios!" diz ela triunfante.


19.12.11

Cenário: cama supostamente de casal, por volta das seis da manhã

Personagens: mãe semi-adormecida, bebé de quinze meses em processo de readormecimento, mas com o tique chato de puxar os cabelos que estejam à mão de semear, criança de três anos supostamente a dormir (ausente: pai inteligente que se pirou para o sofá da sala)

 

O P. puxa o cabelo da M., não com força, mas repetidamente; ela vai tirando de forma delicada a mão ele, delicadez essa que se vai tornando mais firme, até que, ao fim de uns bons cinco minutos, a luz de presença me permite ver um dedo em riste junto à cara do P. e ouço: "É a última vez que me puxas o cabelo!".


20.11.11

M., ouvindo no carro uma música da Cuca Roseta: "Ó mãe, o que é "fatal"?

Por R, às 23:13  comentar

M. para a minha mãe, vendo uma fotografia minha grávida do P.: "Ó avó, mas como é que os médicos puseram o P. dentro da barriga da mãe?"

Por R, às 22:23  comentar


Sobre a M.
Nascida a 4 de Julho de 2008, com 3,880 kg, 50 cm e as maiores bochechas do mundo.
Sobre o P.
Chegou a 24 de Setembro de 2010, com 3,380 kg, 48 cm e os olhos mais doces do mundo.
RSS
blogs SAPO