Então e porquê Crónicas da Barriga? Porque era o nome do blog que queria ter escrito durante a gravidez. Ainda vou a tempo? Não, a miúda tinha quase 4 meses quando o blog começou. E então? Então, nada!
19.12.08

A M. está mesmo doente. Aquilo que na semana passada era uma constipação inconsequente, esta semana é uma laringotraqueobronquite, que apesar do nome assustador, é uma variação da gripe que ataca as vias respiratórias.

 

Depois de uma noite de ataques de tosse e um princípio de pieira, pusémo-nos a caminho do pediatra. Quando ele falou em Ventilan e afins, fiquei de rastos. Entre a pele atópica e este primeiro episódio, o fantasma da asma (herança pesada do meu lado) fez a sua  primeira aparição e promete assombrar as noites mais próximas.

 

A M. continua bem disposta, come bem, dorme mesmo durante os ditos ataques de tosse e quem a vê assim, acharia exagero, mas quem já teve ou viu crises asmáticas e conhece aquele chiar quase imperceptível, percebe.

 

E, com um nó no estômago, acabo de confirmar que é mesmo como se diz: dava tudo para que fosse eu em vez dela.


16.12.08

Afinal, a Bumbo já não vai ser embrulhada. A minha avó L. não vem a nossa casa na noite de Natal, porque está muito frio e custa-lhe andar... entretanto, a bisavó A. está internada no hospital e não deve sair antes do Natal.

 

No ano passado, foi no dia de Natal que disse à minha família que estava grávida (a minha avó L. já sabia) e comentámos que este ano, o Natal já ia ter um bebé. Agora, infelizmente, a M. não vai poder partilhar o seu primeiro Natal com as duas avós bisas (como diz a minha avó L.).

 

Para compensar, a avó L. fez anos ontem e eu e a M. fomos almoçar a casa dos meus pais com ela. Ao contrário do que é costume, a M. esteve no colo dela e não estranhou, sorriu e mexeu nas mãos da minha avó como faz connosco. É lamechas, eu sei, mas adorei vê-la naquele colo que foi meu durante tantos anos e desejei que a minha avó L. durasse para sempre para mimar os meus filhos como me mimou a mim.

Por R, às 23:37  comentar

Exactamente há um ano e um dia atrás, mudámos para a casa nova. Já decidi que, se voltar a mudar de casa, quero estar grávida outra vez: "deixa estar que eu levo", "não estejas a pegar em pesos", senta-te um bocadinho e descansa".

 

Na altura, apenas os avós sabiam e quando a minha amiga T. apareceu lá em casa e a minha mãe disse "R., isto é para pôr no quarto do be...", eu abri-lhe muito os olhos e consegui impedir a gafe.

 

Os almoços, jantares e telefonemas de Natal serviram para contar a toda a gente sobre a M. (na altura, ainda sem nome ou genéro conhecido); ainda faltavam uns dias para o final do primeiro trimestre, mas a vontade de partilhar e a certeza de que tudo estava bem foram mais fortes. Pouco a pouco, as pessoas mais próximas foram sabendo que o nosso mundo ia mudar e quando chegou o Natal, a M. era ainda mais real.

 

 

 


15.12.08

Não sei o que é que a M. pediu ao Pai Natal, mas nós já comprámos os presentes dela:

Por R, às 23:37  comentar

Em conversa com a minha mãe, falei da Bumbo e disse que estava a pensar comprá-la para a M.. Neste fim-de-semana, a dita cuja apareceu, a título de presente de Natal da bisavó L. precocemente aberto (sim, vou fazer aquele número de depois embrulhar para abrir na noite de Natal, porque a minha avó fica contente).

 

A M. ainda não adora, porque não se consegue esticar toda; aliás, mesmo quando a queremos tirar, a Bumbo vem atrás, agarrada ao rabo dela (a miúda tem a anca larga) e o J. já lhe chama a Bumbum. Mas espero que se vá habituando, porque a coisa tem a vantagem de a obrigar a pôr-se direita (em vez de curvada como ela gosta) e deixa-a mover os braços e mãos à vontade (coisa que ela adora).

 

Próxima aquisição: o tabuleiro, para ver se os brinquedos aguentam mais que cinco segundos sem irem parar ao chão.


6.12.08

Apesar de não estarmos ainda totalmente imbuídos do espírito natalício, antecipámos a montagem da árvore de Natal dois dias (costumamos fazer no feriado),.

 

A M. ficou sentada na espreguiçadeira e fartou-se de rir durante o processo de montagem da árvore propriamente dita. A seguir, ainda ficou uns minutos a olhar para as decorações, sobretudo para as luzes, mas depois o ecran do portátil ganhou.

 

E assim começa oficialmente a primeira época natalícia da M..

Por R, às 21:58  comentar

4.12.08

Não durmo com ela na cama, mas dou de mamar e vou continuar a dar até nos apetecer; ela fica com a empregada, mas como-a com beijos quando chego a casa; não verti uma única lágrima quando a deixei em casa para ir trabalhar, mas gosto de falar de bebés com outras pessoas; não ponho fotos dela na blogosfera, mas quando me apetece, grito ao mundo que a adoro... estou no grupo das doentes ou das self-proclaimed cool mums? E onde está a fronteira, quando é que se passa a mãe negligente? Como é que se pode generalizar uma coisa tão íntima como ser mãe? Eu adoro o meu trabalho, adoro as minhas amigas, adoro estar sozinha com o meu marido, mas posso bem adiar tudo isso uns meses... conto com eles o resto da vida, mas daqui a uns tempos a minha filha deixa de ser bébé.*

 
 
*A propósito deste post e porque não consigo deixar comentário no dito blog.
 

E pronto, eis que já passaram cinco meses desde que vimos a M. ao vivo e a cores pela primeira vez, cinco meses de enormes bochechas sorridentes, cinco meses de fraldas, mamas e soro fisiológico, cinco meses em que arranjei as unhas duas vezes, cinco meses de sobressaltos mais ou menos diários, cinco meses a recuperar cantigas infantis dos anos 80, cinco meses sem ir ao cinema, cinco meses de cheirinho de bebé, cinco meses de um amor tão natural, tão básico, tão instintivo que parece que foi ontem.

Por R, às 21:53  comentar

2.12.08

Ontem, tivémos direito a meia-hora de tagarelice imparável. Teria sido adorável, não fosse o facto de serem quatro e meia da manhã.

Por R, às 22:32  comentar

Sobre a M.
Nascida a 4 de Julho de 2008, com 3,880 kg, 50 cm e as maiores bochechas do mundo.
Sobre o P.
Chegou a 24 de Setembro de 2010, com 3,380 kg, 48 cm e os olhos mais doces do mundo.
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