Então e porquê Crónicas da Barriga? Porque era o nome do blog que queria ter escrito durante a gravidez. Ainda vou a tempo? Não, a miúda tinha quase 4 meses quando o blog começou. E então? Então, nada!
28.1.09

A mala está arrumada, a M. está banhada, comida e deitada, a cozinha está arrumada e estou aqui a pensar como é que amanhã vou conseguir dormir num quarto de hotel a 650km de casa, sem ter que esterilizar chuchas ou andar em bicos dos pés para os saltos não a acordarem.


26.1.09

Desde sexta-feira que a M. dorme no seu quarto.

 

A música irritante do móbil mantém-na entretida até lhe apetece puxar a fralda para a cara e nem sequer há resmungos.

 

Claro que custa mais sair da cama e ir até ao outro quarto para lhe pôr a chucha; é verdade que hoje esteve na nossa cama das 6.00h às 7.00h da manhã (dá-me jeito que ela acorde cedo, mas não exageremos); sim, fica uma sensação de vazio durante uns tempos e o J. ainda faz beicinho quando nos deitamos, mas para já a operação apresenta um saldo positivo.

 

O berço emprestado pelo primo continua, meio desconjuntado, no nosso quarto à espera do fim-de-semana para ser desmontado e guardado... até ao próximo!

 


21.1.09

Ao fim de umas semanas duras, a M. está finalmente boa. Ontem, na consulta dos seis meses (já com quase três semanas de atraso), o pediatra confirmou isso mesmo, falou-nos dos bebés que passam o Inverno doentes (thank´s a lot), ouviu as nossas lamúrias sobre o mau feitio dela para comer com a colher, aturou uma sessão de choro exaltado (a miúda detesta ser manuseada) e mandou-nos à nossa vida, com a recomendação de voltar aos oito meses.

 

Inch´Ala!

 


18.1.09

1. Café

Até ao final da gravidez, bebi sempre café, mas depois, com medo que a miúda ficasse mais espevitada do que já é, deixei de beber (bebi um na semana passada). Mas há ocasiões em que só consigo pensar nisso, tipo reunião de direcção, depois do almoço, num dia em que a M. tenha acordado às 6.00h e os balanços e os P&L´s se sucedem a uma velocidade vertiginosa.

 

2. Jantar fora

Passamos a vida a almoçar fora, mas levamos a M.. Jantar fora implica deixar mais um biberon e o stock está à conta para os dias de trabalho e não se compadece com saídas nocturnas. Mas está em estudo o primeiro jantar a dois, mantendo-se ainda a indecisão entre o soufflé XL e a mousse de chocolate do Pap´ Açorda.

 

3. Cinema

Fui ver "O Sexo e a Cidade" na semana em que a M. nasceu e desde aí nunca mais fui ao cinema. Já sei, não vou porque não quero, porque ela dorme desde as 23.00h, mais coisa, menos coisa, podia deixá-la na minha mãe, podia deixá-la na mãe do J., mas ainda não nos apeteceu.

 

4. Álcool

Um gin tónico antes do jantar, uma caipinha ao fim da tarde, uma sangria a acompanhar a dourada escalada... de Inverno, ainda vai, mas no Verão,os copázios fazem falta. E entre gravidez e amamentação, já lá vai mais de um ano de meios copos de vinho uma vez por outra.

 

5. Ler na cama

Entre o prazer de ler na cama e o medo de acordar, este ganha destacadíssimo. Quando a M. mudar para o quarto dela (já deve faltar pouco), vou ler um livro inteiro de seguida, com o candeeiro ostensivamente aceso (calhando, até acendo o do tecto).

Por R, às 00:59  comentar

14.1.09

E, devagarinho, vai-se retomando a vida normal: ontem fui a Madrid (mas voltei no mesmo dia), passei quase uma hora com o discurso de "Correu tudo bem. Está constipada, mas, de resto, está bem. Seis meses e meio. É verdade, o tempo passa a correr." (em Castelhano).

 

A dita constipação fez com que a M. demorasse horas para adormecer e, portanto, eu dormi cerca de quatro horas para apanhar o vôo das 7.15h. Durante a reunião de manhã, fechei os olhos alguns segundos (espero que poucos) e, por isso, mais um regresso ao passado: bebi um café.

 

Quando cheguei a casa, confirmei que ela estava pior da constipação, o que significa que passámos outra noite a pôr-lhe a chucha de hora a hora, com ela ao colo e finalmente  na nossa cama, que foi a forma de conseguirmos dormir qualquer coisa.

 

Próximo passo: daqui a duas semanas, tenho que passar uma noite fora.


8.1.09

Eu não  resisto a um desafio e, então, cá vai:

 

A foto não temos, porque não sei por fotos aqui.

 

As músicas/respostas são de Chico Buarque.

1) És homem ou mulher? A Rita (self-explanatory)

2) Descreve-te: A Bela e a Fera (gaba-te cesto)
3) O que as pessoas acham de ti? Dura na Queda (e desmiolada também)
4) Como descreves o teu último relacionamento? Olhos nos Olhos (sendo que o último é também o actual)
5) Descreve o estado actual da tua relação: Tanto Amar (passado, presente e futuro)

6) Onde querias estar agora? Não Existe Pecado ao Sul do Equador (ou em qualquer lugar onde não tenha chegado a onda de frio polar)

7) O que pensas a respeito do amor? Pedaço de Mim (aí uns 80%)
8) Como é a tua vida? Uma Canção Inédita (e um êxito)
9) O que pedirias se pudesses ter só um desejo? Anos Dourados (os próximos trinta, pelo menos)
10) Escreve uma frase sábia: Vence na Vida Quem Diz Sim (abaixo o negativismo)


7.1.09

Há um ano atrás, ainda a M. era um cavalo-marinho na minha barriga, andávamos num processo louco de decidir se íamos ou não para Genève.

 

Ofereceram-me uma posição que me interessava, mas que surgiu numa altura estranha: tínhamos acabado de nos mudar para a casa nova, casa essa que era (e ainda é) um investimento jeitoso, eu estava grávida de pouco mais de três meses e o J. andava em vias de mudar de rumo profissional.

 

A tomada de decisão envolveu discussões acaloradas não só entre nós, como com outras pessoas (os meus pais, que sempre acharam a ideia excelente, mudaram de ideias perante a perspectiva de ficarem longe do neto), visitas de estudo a Genève, trocas de e-mails com amigos de amigos que lá vivem e muita, muita, mas mesmo muita ansiedade.

 

A proposta levou-me a antecipar o momento em que disse à minha chefe funcional (americana, mãe de quatro filhos e recém- chegada à Europa) que estava grávida, o que também motivou algumas alterações dos planos: a irmos, a mudança ficaria para Outubro, no final da minha licença de maternidade.

 

Só em Fevereiro tomámos a decisão final de não aceitar: entre a parte financeira que não era excelente, as incertezas quanto à carreira do J. e a chegada de um bebé, os "contras" ganhavam.

 

E agora, embora com pena pela oportunidade perdida (mas com a certeza que outras virão), tenho a convicção que fizémos a escolha certa: a família e amigos podem gozar os primeiros tempos da M., ela não vai andar a berrar "maman, maman" e nós não nos sentimos como náufragos à deriva no mar (ainda por cima, um mar cheio de suiços).

Por R, às 11:51  comentar

5.1.09

Ontem, foi dia de iniciação à papa. As primeiras colheradas marcharam, mas às tantas, a M. começou a cuspir assim que a colher lhe chegava aos lábios.

 

Não conseguimos evitar uma gargalhada, porque a papa espirrou toda para a cara dela, a miúda achou que tinha feito uma graça e a partir daí não houve quem a parasse.

 

Passado um bocado, as cuspidelas continuaram, mas a M. já não estava a achar tanta piada, até porque a fome devia estar a apertar, nós rendemo-nos e a papa marchou toda, mas no biberon.

 

Hoje, esperam-se melhorias.

 

Por R, às 14:30  comentar

4.1.09

1. O meio sorriso

A M. tem às vezes uma forma de sorrir que me desarma. É um sorriso discreto, descontraído, como quem diz "´Tá giro, não sabia que dava para fazer isso com as mãos" ou "Ah, tem graça, eu sempre achei que o nariz não servia para nada".

 

2. A tagarelice

Sim, eu sei que já me queixei, mas mesmo de madrugada, é irresistível ouví-la a palrar non-stop, sem sequer nos dar oportunidade de responder.

 

3. As lambuzadelas

Nem sei se esta palavra existe, mas a M. lambuza-me a cara toda. Só a mim, não faz isso a mais ninguém, nem ao J..

 

4. As festinhas que me faz quando está a mamar

No braço, na mão, no peito, às vezes, até apanha uns cabelos meus e mexe neles devagarinho.

 

5. O mau feitio

Sim, já deu para ver que ele existe, por exemplo, quando não consegue mandar a chucha ao chão, porque está presa. Mas também sendo nossa filha, se não tivesse feitiozinho, era porque tinha sido geneticamente manipulada.

Por R, às 22:31  comentar

A M. faz hoje seis meses!

Por R, às 12:28  comentar

Sobre a M.
Nascida a 4 de Julho de 2008, com 3,880 kg, 50 cm e as maiores bochechas do mundo.
Sobre o P.
Chegou a 24 de Setembro de 2010, com 3,380 kg, 48 cm e os olhos mais doces do mundo.
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