Então e porquê Crónicas da Barriga? Porque era o nome do blog que queria ter escrito durante a gravidez. Ainda vou a tempo? Não, a miúda tinha quase 4 meses quando o blog começou. E então? Então, nada!
28.2.09

Há exactamente um ano e dois dias atrás, descobrimos que a M. era a M.. O nome, caso fosse rapariga, estava escolhido há muitos anos e assim que a vimos (e a médica das ecografias nos explicou o que é que estávamos a ver), soubémos que aquela era mesmo ela.

 

E, apesar dos quilos de roupa unissexo já comprados e oferecidos chegarem e sobrarem para os primeiros meses, nesse mesmo dia comprámos um babygrow cor-de-rosa.


25.2.09

Sou só eu ou mais alguém sente necessidade de pôr uma máscara de soldador para dar sopa a um bebé?

Por R, às 21:17  comentar

24.2.09

Depois do episódio "tirar cartão do cidadão" seguiu-se ontem a sequela "levantar cartão do cidadão".

 

Há que explicar que o J. já tinha ido à Loja do Cidadão para levantar o dito documento e, após duas horas de espera (com direito a ir almoçar e voltar), disseram-lhe que "a presença da menor é obrigatória". Vou-me abster de relatar a sequência do diálogo por me parecer ser evidente e, além disso, pouco própria para este fórum. Mas vale a pena esclarecer que a demora deve-se ao facto de levantar o cartão do cidadão ser todo um ritual, que envolve marcação de códigos numa máquina tipo multibanco, bloqueamento do sistema informático por diversas vezes e montanhas de pessoas a mandar vir com o tempo de espera.

 

Ao fim de quase um mês e tal, resolvemos aproveitar o facto de termos saído cedo para pegar na M. e partirmos com a missão de não voltar sem o cartão de cidadão.

 

O primeiro problema foi que, além de nós, metade dos casais com bebés que precisaram do cartão de cidadão resolveram ir ontem tirá-lo ou levantá-lo. Portanto, havia fila de espera para a malta das prioridades.

 

Depois, o sistema, de facto, bloqueia. Várias vezes. Muito tempo. Demasiadas vezes.

 

A Elsa - simpatiquíssima funcionária que se esforçava por manter o bom humor naquele clima gerador de esgotamento nervosos - estava já a desesperar quando sentámos a M. na mesa e os olhos gigantes da minha filha se fixaram nela. Entre os sorrisos, o palrar e a M. a abanar-se toda, a Elsa ganhou nova vida e o sistema finalmente desbloqueou. 

 

Saímos de lá com o cartão do cidadão e deixei a promessa de levar a M. todos os dias cinco minutos de manhã e cinco minutos à tarde para levantar o moral das tropas.


23.2.09

1. Atirei o pau ao gato

Cantamos já na versão ortograficamente correcta ("e sentada à chaminé"), mas não na versão politicamente correcta ("atirei o peixe ao gato, mas o gato não comeu"), porque a M. ainda tem tempo para ser sensibilizada para os direitos dos animais.

Atirei o pau ao gato to - to
Mas o gato to-to não morreu
Não morreu eu-eu
Dona Chica ca-ca assustou-se se
Com o berro, com o berro
Que o gato deu - miau.
Assentada à chaminé é-é
Veio uma pulga ga-ga mordeu o pé é-é
Ou ela chora ou ela grita
Ou vai-se embora - pulga maldita

 

2. Naquela linda manhã

 Eu sei, esta tresanda a lavagem cerebral, mas a miúda gosta mesmo da música.

 

Naquela linda manhã
estava a brincar no jardim
A certa altura a mamã
chamou-me e disse-me assim:
Não brinques só a correr
tropeças sem querer
cais e ficas mal
respondi pronto está bem
depressa porém
esqueci-me de tal...

Não me lembro depois como foi
Escorreguei caí no chão
No joelho ficou um dói dói
No nariz um arranhão
Desde então procurei ser melhor
por ser mau fui infeliz
faço agora
tudo quanto
a mamã
me
diz.

 

3. Era uma vez um cavalo
Esta tem direito a coreografia e efeitos sonoros em jeito de introdução.

 

Era uma vez um cavalo

que andava no seu lindo carrossel.
Era tão lindo e tão belo
Cavalinho, cavalinho de papel
A galope, trá lá lá, sem parar, trá lá lá.
Cavalinho nunca sai do seu lugar. (bis)

 

4. O porquinho foi à horta
Este êxito da minha infância sai-me em várias ocasiões e é bom ver a M. lhe reconhece o devido valor.

 

O porquinho foi à horta

foi comer uma bolota
O porquinho foi à horta
foi comer uma bolota
o cão também lá quis ir
mas fecharam-lhe a casota
é bem feita porque o cão
tem a mania que é espertalhão
é bem feita porque o cão
tem a mania que é espertalhão

 

5. Como a Papa, Joana

Esta apresenta-se numa versão adaptada: "Come a sopa, M., come a sopa"

 

Come a papa,
Joana come a papa
Come a papa,
Joana come a papa,
Joana come a papa

Um, dois, três,
uma colher de cada vez
Quatro, cinco, seis,
era uma história de reis
E uma colher de papa

Come a papa,
Joana come a papa
Come a papa,
Joana come a papa,
Joana come a papa


Sete, oito, nove,
ainda nada se resolve
Dez, onze, doze,
á espera que a mosca pouse
E uma colher de papa

Come a papa,
Joana come a papa
Come a papa,
Joana come a papa,
Joana come a papa

Treze, catorze e meia,
a coisa não está tão feia
Dezesseis, dezassete,
mais um pingo no babete
E uma colher de papa

Come a papa,
Joana come a papa
Come a papa,
Joana come a papa,
Joana come a papa


20.2.09

Em conversas sobre bebés e crianças, ouve-se muitas vezes frases como "O bebé precisa é de uma mãe feliz e realizada", sempre num contexto de justificar algo que a mãe faz (ou não faz) e que seria, pelo menos em teoria, menos bom para o bebé. Isto ouve-se sobre a dedicação das mães ao trabalho, sobre deixar de amamentar, sobre mudar o bebé para o seu quarto ou deixá-los nos avós para ir sair ou simplesmente dormir uma noite inteira.

 

Eu não sou contra o facto das mães fazerem escolhas que, às vezes, parecem menos boas para os bebés. Aliás, a minha escolha de ter uma carreira que, por exemplo, implica estar fora de casa algumas noites, é claramente uma escolha que eu fiz a pensar em mim, mas que não é a melhor para a minha filha. Para a M., o melhor mesmo era que eu estivesse em casa com ela todos os dias, sem qualquer espécie de dúvida.

 

O que me faz alguma confusão é a moda de se racionalizar essa escolha com o argumento de que o bebé precisa de uma mãe realizada, como se isso fosse o mais importante para o bebé.

 

Pudessem eles falar e tenho a certeza que diriam que preferiam mil vezes uma mãe com olheiras até ao umbigo e que dá de mamar ou uma mãe sem perspectivas de promoções nos próximos anos a chegar a casa às cinco da tarde.


17.2.09

No rescaldo de mais uma noite fora de casa (chegada pautada pelos habituais primeiros minutos em que a M. se recusa a olhar para mim), só me ocorre agradecer o colapso do sistema financeiro e as suas consequências na economia mundial: as directrizes de contenção de custos são seguidas escrupulosamente e, por isso, acabaram-se as convenções em Espanha, as formações em Genève e as reuniões globais em San Diego.

Por R, às 22:34  comentar

14.2.09

Como a M. se portou bem nas duas vezes em que fomos jantar fora, resolvemos que, desta vez, podíamos esticar um bocadinho a corda e ir beber um copo a seguir (no meu caso, um copo de água tónica, mas enfim...).

 

Os baby-sitters chegaram com duas horas de antecipação, conseguimos fazer tudo o que tínhamos para fazer antes de sair e chegar a horas (aliás, fomos os primeiros), o jantar foi divertido e depois fomos conhecer o novo sítio da moda na LX Factory.

 

Chegámos a casa pouco depois das 3.00h, a M. tinha acabado de chorar e a minha mãe estava já com ela ao colo (que supresa!). Nem nos demos ao trabalho de tentar pô-la na cama dela, mas nem isso foi suficiente: como castigo pela nossa primeira saída à noite, houve uma descomunal birra de sono e a última vez que olhei para o relógio faltava pouco para as 5.00h.


12.2.09

Ouvi há pouco o Miguel Sousa Tavares dizer, a propósito das novas regras de licença parental e quase com ar de orgulho, que tinha ido trabalhar nos dias em que os três filhos nasceram, concluindo pelo absurdo que eram os vinte dias úteis que a legislação agora publicada dá aos pais quando lhes vem um filho ao mundo.

 

A única coisa que me ocorre dizer é...que grande besta!


7.2.09

1. Reuniões de trabalho de dois dias, fora de Lisboa e que começam com um jantar de grupo no domingo

 

2. Colheres com sopa, colheres com fruta, colheres com papa e colheres com nada

 

3. Água

 

4. Apertões e beijos lambuzados

 

5. Um brinquedo amoroso que eu lhe trouxe de Madrid

 

 

 

 


4.2.09

Desenvolvimento do bebé
 

Bebé de 7 meses

Nesta fase, o bebé mantém-se sentado com apoio e sem estar agarrado. [Confere] Começa a ter mais força nas pernas [imensa] e quando está deitado de costas, consegue voltar-se de barriga para baixo [até agora, nada]. Já consegue apoiar-se nas mãos e nas pernas [´tá bem abelha]. Larga os objectos à vontade e passa-os de uma mão para a outra [na maior]. Gosta de brincar com brinquedos que produzam sons [e se não produzem, produz ela]. Brinca diante do espelho e tenta tocar na sua imagem reflectida [a experimentar amanhã]. Começa a repetir silabas diferentes [ela é mais para o criativo, não imita nada] e rejeita os alimentos de que não gosta ou que não lhe apeteça [infelizmente, é mesmo assim]


Sobre a M.
Nascida a 4 de Julho de 2008, com 3,880 kg, 50 cm e as maiores bochechas do mundo.
Sobre o P.
Chegou a 24 de Setembro de 2010, com 3,380 kg, 48 cm e os olhos mais doces do mundo.
RSS
blogs SAPO