Vindo daqui:
E agora, vá lá, chamem-me fundamentalista.
Vindo daqui:
E agora, vá lá, chamem-me fundamentalista.
Pega num dos meus chinelos e leva para o nosso quarto. Na saída, entra na nossa casa-de-banho e leva a toalha dos pés. Decide parar no quarto dela, onde troca a toalha dos pés por um golfinho de peluche. Entra na cozinha e deixa o golfinho a substituir uma cebola que tira do carrinho, cebola essa que hoje repousava no chão da sala.
Há embalagens de cartão que saíram do saco da reciclagem para o chão do corredor e biberons com água na cadeira do escritório; também temos embalagens de discos de algodão à porta do quarto e tangerinas no chão da casa-de-banho.
E o boletim meteorológico não promete melhorias...
Está-se a comemorar a Semana Mundial do Aleitamento Materno.
Eu aderi à iniciativa no Facebook "Hey Facebook, breastfeeding is not obscene!" (acho que o título é self-explanatory) e durante esta semana, a foto no meu perfil é da M., há um ano atrás, a "lanchar" numa esplanada.
Haja paciência para tanta estupidez!
Meio-dia. Espreguiço-me e penso em sair da cama. Demoro mais uns quinze minutos até levantar-me e arrasto-me até à cozinha para ir buscar um Actimel que bebo no sofá enquanto confirmo as gravações do Fox Life do dia anterior.
Arranjamo-nos e saímos por volta da uma da tarde, mas o conforto do carro e a estrada desimpedida deixam-nos no Carvalhal menos de uma hora depois. Entro na tabacaria e levo uns dez minutos a decidir-me por uma das dez revistas cor-de-rosa que enchem o escaparate, porque o café na esplanda chega para ler as gordas do Expresso.
Paramos o carro, andamos alguns metros para encontrar o melhor lugar para o chapéu, atiro os chinelos para um lado, finjo que ponho um bocado de creme na cara e mergulho na água gelada. Deixo-me estar até os dedos começarem a encarquilhar e saio a caminho da toalha.
Pego nos óculos de sol e na revista e fico a vegetar até sentir as costas a queimar.