No ano passado, fui fazer a pré-inscrição da M. numa escola perto de casa. Além dessa vantagem que não tem preço, é uma escola pequena, familiar, onde os meninos ficam até à quarta classe (parece que agora se diz quarto ano) para depois, sim, serem lançados aos lobos.

Fomos ver a escola, com a M. ainda ao colo, vimos salas com bonecada variada, pátios com escorregas e grandes árvores, casas-de-banho em miniatura e crianças em todo o lado. Chegados à Secretaria, fomos quase gozados: "Para a  sala dos 2 anos? Então, este ano até irmãos ficaram de fora. Não, quase impossível. Para a dos 3, em princípio, não há problema", Sim, mas fique lá com o nome dela.

Na semana passada, tal como recomendado, telefonei para saber que estão ainda a fazer as inscrições dos meninos que já lá estão e depois dizem qualquer coisa. Assim: don´t call us, we´ll call you.

E, sim, claro que já tinha ouvido e lido sobre as listas de espera das escolas, mas estamos a falar de uma escolinha até à quarta classe e não de um colégio que prepara crianças e jovens para entrarem na universidade.

Já não falo do desapontamento de ver aos meus planos tão bem feitinhos serem postos em causa, da irritação de mãe ao pensar que eles deviam era estar agradecidos por lhes dar a graça de terem a minha filha lá... é que dava para a levar a pé! A pé!!!!

A semana passada fomos brindados com uma laringite.

Agora que já passou, não consigo evitar sorrir quando me lembro da M., com os seus dezoito meses e as suas bochechas gordas a falar com voz de bagaço.

A parte horrível foi a interminável tosse e a M. agarrada ao pescoço a olhar para nós com ar de quem diz "Importam-se de fazer alguma coisa para me tirar esta dor da garganta?".

E excuso de tentar explicar o infrutífero que é dizer a uma miúda em fase de pré-adolescência infantil (como tão bem chamou a minha amiga R.) para não berrar, não gritar, não falar alto, não chorar para não piorar a situação.

Entre aerossóis, noites à janela para o ar frio fazer parar os ataques de tosse e quantidades industriais de soro pelo nariz, a M. está finalmente boa e voltámos a poder dormir.

O Natal não correu bem.

A passagem de Ano foi boa.

Que venha 2010!