Então e porquê Crónicas da Barriga? Porque era o nome do blog que queria ter escrito durante a gravidez. Ainda vou a tempo? Não, a miúda tinha quase 4 meses quando o blog começou. E então? Então, nada!
24.2.11

Cento e cinquenta e três dias passaram e, apesar da confusão, das fraldas, das birras, da falta de momentos de silêncio, da impossibilidade de estar mais do que cinco minutos dedicada a alguma coisa, soube-me bem estar com os meus filhos.

 

Tal como há dois anos e quatro meses, voltar ao trabalho é outra vez sentir que preciso de estar fora de casa, mas ficar com o coração apertado por poder perder alguns momentos importantes. É saber-me bem vestir uma roupa catita para ir trabalhar, mas sentir um nó no estômago quando ouço que o P. chora desalmadamente assim que vê o biberon. É ter vontade de beber o café do meio da manhã e saber as cusquices do escritório, mas saber, bem lá no fundo, que a M. e P. estão-se nas tintas para a minha realização profissional e o que queriam mesmo era que tudo continuasse como nestes últimos cento e cinquenta e três dias.


17.2.11

Hoje levei a M. e o P. para almoçarmos em casa dos meus pais e, depois do almoço, deixei-os lá para ir tratar de mim.

 

M., passado um bocado: "Avó, acho que já tou a demorar muito aqui."

Por R, às 23:20  comentar

16.2.11

1. Tirar a chucha da boca (sem saber voltar a pô-la)

 

2. Dar gritinhos histéricos quando acha que ninguém lhe está a ligar

 

3. Dar palmadas (que a maior parte das vezes acertam nele próprio)

 

4. Chapinhar (or should I say, chafurdar) na banheira

 

5. Fincar os pés para se levantar cada vez que o sentamos ao colo

 

 

 

Por R, às 23:51  comentar

7.2.11

Ainda estava grávida quando achei que ia aproveitar os meses em casa não só para mimar o P., como para fazer imensas actividades artísticas com a M.. E, por isso, comprei ufanamente cartolinas de todas as cores, feltro, papel de lustro, papel crepe, cola para papel, cola para bricolage, tesoura para crianças, um sem número de artigos de papelaria que arrumei no armário do quarto deles à espera de inspiração.

 

Acontece que um recém-nascido, mesmo sendo o segundo, dá trabalho; acontece ainda que um recém-nascido e uma criança de dois anos e pouco, menos havendo uma empregada, dão trabalho; acontece também que os planos que fazemos à luz do dia caem por terra depois de uma noite mal dormida; e acontece que o tempo livre entre mudar fraldas, dar maminha, pôr a arrotar, ir à farmácia comprar soro, gazes e cremes, ajudar a almoçar, brincar com o Nenuco e ler histórias parece perfeito para vegetar no sofá fazendo zapping entre os vários canais Fox.

 

Ao fim de cento e trinta e quatro dias, a M. e eu fizémos quatro decorações para a árvore de Natal em feltro, uma colagem de um peixinho colorido e um pato amarelo em cartolina.

 

 

Por R, às 00:56  comentar

Sobre a M.
Nascida a 4 de Julho de 2008, com 3,880 kg, 50 cm e as maiores bochechas do mundo.
Sobre o P.
Chegou a 24 de Setembro de 2010, com 3,380 kg, 48 cm e os olhos mais doces do mundo.
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