A semana passada fomos brindados com uma laringite.
Agora que já passou, não consigo evitar sorrir quando me lembro da M., com os seus dezoito meses e as suas bochechas gordas a falar com voz de bagaço.
A parte horrível foi a interminável tosse e a M. agarrada ao pescoço a olhar para nós com ar de quem diz "Importam-se de fazer alguma coisa para me tirar esta dor da garganta?".
E excuso de tentar explicar o infrutífero que é dizer a uma miúda em fase de pré-adolescência infantil (como tão bem chamou a minha amiga R.) para não berrar, não gritar, não falar alto, não chorar para não piorar a situação.
Entre aerossóis, noites à janela para o ar frio fazer parar os ataques de tosse e quantidades industriais de soro pelo nariz, a M. está finalmente boa e voltámos a poder dormir.