A M. costuma acordar para mamar todos os dias às 6.00h da manhã, independentemente da hora a que comeu antes de ir para a cama.
Com base nisto, conclui que esta seria a simpática hora a que eu me passaria a levantar, porque entre maminha, arroto, fralda e mimos, seriam 7.00h e não me ia deitar por meia hora (que, aliás, seria passada a tentar adormecer e não a dormir efectivamente).
Mesmo assim, pus o despertador para as 7.00h, não fosse a rapariga ter alguma avaria no sistema.
E a verdade é que acordei com o despertador, arranjei-me e tive praticamente que acordar a M.. Eu acho que ela estava a fazer de propósito, para me atrasar, mas isto sou eu.
Deixei-a na cama, a cuspir a chucha e a palrar, numa clara manobra pensada para atrasar ou, até mesmo quem sabe, impedir a minha saída.
Mas eu disse-lhe logo: "Ainda se me desses uma gargalhadas como deste ontem ao pai...!"
A meio da manhâ, o telefonema da praxe para casa: "Comeu? Está bem disposta? E o nariz, continua entupido?"
Quando cheguei a casa à hora do almoço, ela dormia e tive, por breves segundos, aquela vontade de fazer barulho para a acordar, como tentam algumas visitas mais inconvenientes.
Esperei e de repente: um olho aberto, o outro, um sorriso pequenino e depois os pés a abanar, as costas arqueadas e o riso, sem som, mas de boca escancarada. Já cheguei, filha.