Daqui a duas semanas, tenho que ir a Genève em trabalho. Para além de ter que lhe dar mama, estava fora de causa ficar dois dias sem a M. assim tão pequena, por isso, decidimos ir todos.
Na semana passada, lembrámo-nos que a miúda precisava de bilhete de identidade e saímos em excursão para a Loja do Cidadão.
Primeira surpresa: diz que já não há bilhete de identidade! O famoso cartão do cidadão que vem substituir tudo e mais um par de botas já chegou e está com recordes de bilheteira. Eram 15.00h e já não havia senhas de atendimento.
Fizémos uso do nosso direito de atendimento prioritário e chegámos ao balcão: impressões digitais e medições não se fazem a bebés tão pequenos, fotografia tem que ser no fotógrafo (a M. sentada na ponta do meu joelho e o fotógrafo a disparar dezenas de flashes até conseguir apanhá-la a olhar para a frente), assinatura não há... enfim, não se sabe muito bem o que é que ela foi lá fazer.
Mas como o dito cartão demora tempo indeterminado a ser emitido, tivémos que ir fazer um bilhete de identidade provisório, justificado pela viagem.
Nova investida hoje: fila interminável, lá passámos à frente com a M. e estava tudo a correr bem até que a funcionária pede o dedo da M. para tirar impressões digitais.
Quem conhece o J., sabe que ele é o verdadeiro pai galinha e por isso:
- Impressões digitais? Com tinta? Para quê? - pergunta ele.
- Tem que se tirar... - tentou ela responder.
- Mas isso não faz sentido nenhum, tirar impressões digitais a um bebé tão pequeno. - continuou ele.
- A impressão digital não muda. - respondeu ela.
- Sim, mas a tinta é tóxica e a bebé mete as mãos na boca.
- Bem, o pai fica a preencher estes papéis e a mãe ajuda aqui a tirar a impressão digital - despachou ela.
A M. lá pôs o dedo na tinta e a funcionária iniciou a tarefa ingrata de tentar controlar a mão e o dedo dela. O melhor que conseguiu foi mesmo uma mancha meio esborratada na pontinha da folha. A miúda é mesmo filha do pai.