Exactamente há um ano e um dia atrás, mudámos para a casa nova. Já decidi que, se voltar a mudar de casa, quero estar grávida outra vez: "deixa estar que eu levo", "não estejas a pegar em pesos", senta-te um bocadinho e descansa".
Na altura, apenas os avós sabiam e quando a minha amiga T. apareceu lá em casa e a minha mãe disse "R., isto é para pôr no quarto do be...", eu abri-lhe muito os olhos e consegui impedir a gafe.
Os almoços, jantares e telefonemas de Natal serviram para contar a toda a gente sobre a M. (na altura, ainda sem nome ou genéro conhecido); ainda faltavam uns dias para o final do primeiro trimestre, mas a vontade de partilhar e a certeza de que tudo estava bem foram mais fortes. Pouco a pouco, as pessoas mais próximas foram sabendo que o nosso mundo ia mudar e quando chegou o Natal, a M. era ainda mais real.